II- Não mate, salvo em justa defesa. Arme-se.
III- Não pratique violência, nem cobice. Respeite o uso pacífico da propriedade.
IV- Não minta para negociar ou testemunhar, salvo em justa defesa.
V- Não ajude os perversos, nem negocie com eles.
VI- Não fique paralisado diante da violência, os violentos devem ser perseguidos e punidos.
VII- Perdoe as palavras e os pensamentos vãos.
IX- Não seja um parasita. Respeite os pais e proteja os filhos menores.
X- Respeite a família e os seus membros.
XII- Mesmo que não acredite na Divindade, respeite as tradições religiosas pacíficas.
1 Sempre se lembre e pratique este Fundamentvm: não idolatre. Jamais trate coisas, ideias ou pessoas como se fossem uma Divindade, inclusive, a si. 2 Somente a Divindade está acima da natureza, da lógica e da autodeterminação. 3 Jamais acredite cegamente em ninguém, mesmo se a pessoa disser praticar o Fundamentvm. 4 Nunca confie cegamente em pessoas, ideias ou coisas porque elas não são a Divindade, seja prudente. 5 A confiança nas pessoas, nas coisas e nas ideias sempre deve se fundamentar na natureza, na lógica ou na autodeterminação, jamais em títulos, linhagem, fama, consenso, medo ou outros. 6 Duvide em dobro dos poderosos, dos famosos ou de quem recebe dinheiro, ou favores deles. 7 Acreditar cegamente em qualquer pessoa, coisa ou ideia é idolatria. 8 Desconfie do que você gosta e não gosta, jamais permita que o sentimentalismo lhe impeça de exercer a autodeterminação. 9 Somente a Divindade sabe a Verdade Absoluta e cabe a você, somente a você, examinar a natureza com atenção e lógica e decidir o próprio caminho com humildade, honestidade e consciência de que qualquer pessoa, inclusive você, pode errar e falhar. 10 Somente a Divindade não erra e não falha. 11 Seja compreensivo quando você ou outra pessoa errar ou falhar porque nenhum de vocês é a Divindade e, inevitavelmente, errarão ou falharão em algum momento. 12 No que lhe for possível, busque diminuir a frequência dos erros e das falhas: aprenda com a natureza, com a lógica e com a autodeterminação. 13 A autodeterminação é um presente que te torna semelhante à Divindade, jamais igual. Ela que te torna humano, não o corpo pelo qual você se manifesta. 14 Da autodeterminação deriva todos os direitos naturais, a ética e a Justiça. Use este dom pacificamente e permita que outras entidades autodeterminantes também o façam. 15 Jamais violente outras pessoas porque se manifestam por meio de alguma coisa diferente da sua. 16 Não é a semelhança com os símios que te faz humano, e sim a autodeterminação. 17 Respeite todas as pessoas, independentemente da coisa pela qual se manifestam. 18 Você não é a coisa auto-apropriada em consequência da manifestação de sua autodeterminação nesta existência. 19 A autodeterminação se manifesta na natureza, mas assim como a Divindade, a fonte está além da natureza, sequer existe, e esta é a sua única semelhança com a Divindade. 20 Usufrua o presente da autodeterminação como quiser pacificamente. 21 É idolatria grave violentar, incentivar ou concordar com a violência devido à cor de pele, sexualidade, idade, inteligência, preferência sexual ou de ideias, raça, espécie, linguagem, vestimenta, lugar de origem, escolaridade, diplomação, profissão, hábitos, costumes, riqueza ou qualquer outra externalidade contingente. 22 Busque conviver em paz com todas as entidades autodeterminantes, não importa a origem ou aparência que tenham. 23 As aparências e as características físicas não fazem uma pessoa semelhante à Divindade, mas sim a autodeterminação que ela manifesta. 24 Esteja atento porque este presente pode se manifestar em qualquer coisa e não apenas nos animais da espécie Homo sapiens. 25 Respeite a autodeterminação em qualquer coisa que ela se manifestar e jamais confunda coisas sem autodeterminação com pessoas. 26 A idolatria é a fonte de toda violência e cobiça. 27 Jamais permita ser escravizado pela idolatria. 28 Pratique o Fundamentvm com sinceridade e empenho e receberá o dom de praticar os demais princípios que lhe cabem e será favorecido pela Divindade, mesmo se não acreditar nela.
II- Não mate, salvo em justa defesa. Arme-se.
1 A justa defesa é o uso da força para evitar a violência dolosa atual ou iminente praticada contra si, ou contra terceiro. 2 Não há limite, nem proporcionalidade para a execução da justa defesa que depende exclusivamente da bondade e conveniência do executor. 3 O Direito Natural é a engenharia do uso da força para a proteção de pessoas pacíficas e punição dos violentos. 4 É barbárie violentar pessoas pacíficas dolosamente. 5 É perverso exigir moderação e compaixão de quem age em justa defesa contra os bárbaros porque o Direito Natural não é instrumento de proteção dos violentos. 6 Não seja bárbaro, nem perverso. 7 Quem deseja moderação e compaixão verdadeiras sempre negociará ou argumentará com a outra parte, jamais iniciará um ato de violência dolosa contra quem estava em paz. 8 Ser pacífico não é ser inofensivo! 9 Ser tolerante não é permitir que bárbaros pratiquem violência impunemente. 10 Arme-se e esteja preparado para usar a força em justa defesa. 11 Os bárbaros não respeitam o Direito Natural e desprezam os argumentos e as convenções. 12 Assim como os animais, os bárbaros só temem o uso da força. 13 Desarmar os pacíficos só multiplicará a violência. 14 Jamais confie em quem deseja desarmar pessoas pacíficas sob falsas promessas de paz. 15 Jamais haverá paz se os pacíficos não estiverem preparados para agir em justa defesa, pelo contrário, os pacíficos serão escravizados e violentados pelos bárbaros com a “melhor das intenções”. 16 Seja atento e prudente, ações e omissões valem mais que palavras. 17 Se os muros em torno da cidade são altos, pode significar prudência dos gestores para evitar que os moradores sejam atacados de surpresa. Mas se os muros das casas dentro da cidade são altos, é certo que o direito daquele lugar foi pervertido em instrumento de proteção dos violentos! 18 O violento teme o uso da força justa. Por isso, deseja desarmar as possíveis vítimas. 19 O Justo se alegra quando mais uma pessoa pacífica se arma! 20 Se for desarmar alguém, desarme somente a pessoa que praticou ou estava na iminência de praticar violência até que ela seja julgada e punida pelo que fez, acaso decida não a matar prontamente em justa defesa. 21 Após a aplicação e cumprimento da pena, se a pessoa ainda estiver viva e capaz, nem ela deve ser impedida de se armar porque ela já pagou pelo que fez. 22 Quem escolhe o suicídio sempre é o responsável pela própria morte, igualmente, é o violento que morre em justa defesa. 23 Assim como o suicida, o violento poderia ter buscado ajuda ou negociado, mas escolheu colocar-se em risco de vida. Portanto, se precisar matar em justa defesa, jamais se arrependa porque o violento procurou a própria morte. 24 A guerra é a justa defesa coletiva. 25 Só há guerra quando o direito natural e os acordos falham. 26 Evite a guerra sempre que possível. 27 Quando a guerra começar, vença-a por qualquer meio. 28 Não há obrigação de respeitar acordos ou o direito natural do povo agressor durante a guerra, da mesma forma que não há limite, nem proporcionalidade para a execução da justa defesa individual. 29 A piedade com o inimigo depende exclusivamente da bondade e conveniência de cada pessoa que executa a justa defesa coletiva. 30 Na guerra, o inimigo usará sua bondade e piedade contra você. 31 Ser piedoso com inimigo não garante que o inimigo será piedoso com você ou com sua família. 32 Se os bárbaros não respeitaram os acordos e o direito natural antes de a guerra começar, por que respeitariam durante a guerra ou após o derrotar? 33 Não seja ingênuo, lute com ferocidade e vença a guerra! 34 Lembre-se de Ulisses que fingiu entregar um presente aos inimigos troianos, apenas para infiltrar-se e destruí-los. 35 Desde que a vitória traga a paz, qualquer estratégia é válida para vencer e terminar a guerra. 36 O apego à moralidade é um capricho reservado às pessoas em tempos de paz. 37 Jamais puna, nem incentive punições contra seu vizinho por ter, durante a guerra, matado, saqueado, pilhado ou usado a força de outras maneiras contra o povo inimigo. Seu vizinho estava numa guerra, não numa conferência de negócios. 38 Não há direitos e garantias numa guerra, há vencedores e perdedores. 39 Melhor ser livre num mundo arrasado pela guerra do que escravo numa terra belíssima. 40 A história é contada pelos vencedores, não pelos derrotados. 41 Ai dos vencidos! 42 Vencer a guerra é preferível a perdê-la. 43 Se dentre o seu povo houver quem coopere com o inimigo ou faça negócios que conceda vantagem bélica ou tática ao povo inimigo durante a guerra, mate-o sem piedade e tome suas propriedades, ou ele sabotará as suas defesas e o entregará aos bárbaros como escravo. 44 Se o outro povo for guiado por ladrões e escravocratas, evite a paz ou a trégua antes de destruir cada um de seus líderes e maiores apoiadores. Se possível, com uma morte lenta e dolorosa como o empalamento ou a crucificação. 45 Se no meio do povo inimigo houver quem deseje praticar os Princípios Universais com sinceridade e honestidade, facilite a deserção ou a imigração, mesmo durante uma guerra. 46 Se alguém do povo inimigo estiver disposto a trair o próprio povo em troca de dinheiro ou poder, use-o e depois o mate. 47 Quem vende o próprio povo por dinheiro e poder, também o venderá se tiver oportunidade. 48 Jamais confie em traidores. 49 Mesmo numa guerra ou na sua iminência, jamais use a força para obrigar o seu vizinho a lutá-la, não importa a “boa intenção”. 50 Na guerra, assim como são necessários legionários, também o são os fornecedores de suprimentos, serviços e doações. Respeite as diferentes formas de contribuição para a vitória na guerra. 51 A guerra é lutada para preservar a civilização. Se você violar os Princípios Universais para escravizar o vizinho e forçá-lo a lutar na guerra, então os bárbaros já terão vencido e não haverá mais civilização a ser preservada. 52 Um povo que luta livre, permanecerá livre. 53 Um povo que luta escravizado, vencedor ou perdedor, permanecerá escravizado. 54 Alistamento forçado é escravidão. 55 Jamais permita que a guerra ou a ameaça de guerra o transforme em um bárbaro violento e cobiçador com seu vizinho. 56 Na guerra, use sua fúria somente contra o inimigo, jamais contra seu vizinho.
III- Não pratique violência, nem cobice. Respeite o uso pacífico da propriedade.
1 A violência é o uso não consentido de propriedade alheia, não importa a finalidade. 2 A propriedade sempre é uma “res raritas”, isto é, uma coisa escassa e não-autodeterminante. 3 Se a coisa não for escassa, não pode ser apropriada. 4 A primeira propriedade de qualquer pessoa é a coisa ou conjunto de coisas escassas pela qual a autodeterminação dela se manifesta, pouco importa se animal, vegetal, máquina ou outra. 5 Pessoas são coisas escassas que manifestam autodeterminação, não importa o meio físico pela qual se manifestam. 6 Se for muito provável que a coisa escassa manifeste autodeterminação, mesmo que não manifeste agora, então, ela também é uma pessoa e assim deve ser tratada. 7 A destruição de pessoas sem o consentimento delas é assassinato, o uso não consentido delas para fins sexuais é estupro. 8 Se não houver consentimento, salvo em justa defesa e para punir a violência, a força jamais deve ser aplicada contra as pessoas ou as propriedades delas, não importa a “boa intenção” de quem aplica a força, porque isto é violência. Isto é barbárie! 9 Jamais cobice, isto é, nunca concorde com a violência, nem a deseje! Seja justo. 10 Sempre respeite o uso pacífico da propriedade alheia, não importa a finalidade, nem a moralidade ou imoralidade. 11 Diz-se pacífico qualquer uso consentido de coisa própria ou alheia que não resulte em agressão física não consentida contra outras pessoas ou propriedades. 12 Só há agressão física se houver, ao menos, algum dano físico não consentido a outra pessoa ou propriedade. Caso contrário, será mera inconveniência, falta de etiqueta ou desconforto, não importa o motivo, e isto não é agressão física, nem violência. 13 O uso violento sempre será não consentido ou resultará em agressão física contra terceiros. 14 Se o seu vizinho usa as coisas dele pacificamente de forma inconveniente, desconfortável ou imoral, resolva a discordância de forma pacífica. Isto é ser civilizado. 15 Tolere seu vizinho sem educação, inconveniente, imoral ou chato enquanto ele usar as coisas dele em paz, jamais use a força contra ele, nem apoie o uso da força contra ele. Isto é ser verdadeiramente tolerante! 16 Se discorda de como seu vizinho usa as coisas dele em paz, adquira pacificamente algum produto ou serviço que resolva a questão pacificamente ou considere mudar-se para uma vizinhança mais adequada a sua moralidade, jamais aja como um adulto infantilizado! 17 Não seja bárbaro nem um fraco de espírito! Você não é dono do seu vizinho nem das coisas dele, você não é Deus! 18 Cuide de sua própria vida e deixe seu vizinho em paz. 19 Jamais cobice o seu vizinho. 20 Problemas se resolvem por meio do diálogo e da negociação pacífica. 21 Jamais caia na tentação de usar a força contra um vizinho pacífico do qual você discorda! Você não é Deus! 22 Viva em paz e faça negócios em paz. 23 Permita que os outros vivam em paz e façam negócios em paz. 24 Acaso não concorde como a outra pessoa faz negócios pacificamente, então escolha outra pessoa para negociar ou abra seu próprio negócio. 25 Jamais use a força para obrigar, proibir ou impor condições para o trabalho pacífico do outro, não importa o motivo, porque isso é roubo e escravidão disfarçadas de falsa caridade. 26 Você não é dono dos outros, nem das coisas dos outros, nem dos negócios dos outros. Você não é Deus. 27 O mero apoio ou concordância com o uso da força para obrigar, proibir ou impor condições sobre o trabalho ou negócio pacíficos dos outros caracteriza cobiça da pior espécie porque manifesta o desejo de brincar de Deus da vida alheia. 28 Maldito é o cobiçador que finge se importar com o bem-estar das outras pessoas, mas, na verdade, dificulta ou impede o outro de conseguir o próprio sustento em paz! Bárbaro sem vergonha! Hipócrita mil vezes maldito! 29 Se você não concorda como a outra pessoa usa as coisas dela pacificamente, mostre com suas próprias coisas, pelo exemplo, como estas coisas deveriam ser usadas pacificamente. 30 Jamais use a força para impedir, obrigar ou impor condições para a outra pessoa usar as coisas dela pacificamente, não importa o motivo. Você não é dono das coisas do outros, você não é Deus. 31 O mero apoio ou concordância com o uso da força para obrigar, proibir ou impor condições para o uso pacífico de coisas alheias manifesta cobiça. 32 Não seja um bárbaro que apoia o roubo e a escravidão com “boas intenções”. Seja verdadeiramente justo. 33 Permita que a outra pessoa use as coisas dela pacificamente, mesmo quando você discordar. Esta é a verdadeira tolerância. 34 Se a forma que o outro usa as coisas dele em paz lhe for inconveniente, desconfortável, deseducada ou imoral, jamais caia na tentação de usar a força contra ele, não seja um bárbaro! Sempre busque soluções pacíficas, este é o caminho civilizado. 35 Não interfira, nem palpite sobre como os outros devem usar os pertences deles em paz, nem se meta nos negócios pacíficos dos outros, nem na vida pacífica dos outros, mesmo se for imoral ou herético. Você não é Deus! Nenhuma pessoa é Deus! 36 O mero desejo de mandar na vida, nas coisas e nos negócios pacíficos dos outros já manifesta cobiça! Não cobice! 37 Você não é Deus. 38 Elimine a corrupção causada pela idolatria, pois este é o único caminho para vencer a cobiça e superar toda violência que ela provoca e incentiva.
IV- Não minta para negociar ou testemunhar, salvo em justa defesa.
1 Não minta para negociar ou testemunhar, salvo em justa defesa. 2 Não se deixe enganar pelos hipócritas moralistas. É permitido até matar em justa defesa. Por que não seria permitido mentir ou omitir? 3 Não seja como os idólatras que têm olhos e são cegos, têm ouvidos e são surdos. 4 Aprenda com a natureza, com a lógica e com a autodeterminação, elas são partes inseparáveis do Fundamentvm. 5 Os idólatras inventam mentiras, omitem e apelam para o sentimentalismo para disfarçar o erro e convencer os ingênuos. Eles usam a violência e o medo para dissuadir quem duvida deles. Não seja como eles, não idolatre. 6 Busque o conhecimento com sensatez e honestidade. 7 Quebre os ídolos mentais. 8 Aprenda e ensine sem idolatria. 9 Seja uma pessoa honesta ao elogiar e evite discórdias calorosas. 10 Evite compartilhar o conhecimento com pessoas irresponsáveis porque elas o pisarão, o distorcerão e o transformarão em instrumento de violência. 11 Assim como não se deve dar armas para as crianças brincarem, conhecimento com potencial militar não deve ser compartilhado com os bárbaros. Seja responsável. 12 Escolha seus pupilos com cuidado ou terminará esfaqueado até dentro do Senado. 13 Não mentir não significa ser azedo com as pessoas. 14 Mesmo o melhor vinho, se tiver azedado, não será bebido. 15 Seja cauteloso, jamais mentiroso ao ensinar. 16 Transmita a mensagem da forma mais fiel que lhe for possível levando em conta as deficiências de quem a ouve. 17 Assim como a coruja não enxerga durante o dia, a luz da verdade pode cegar muitas pessoas. 18 Mais vale uma luz fraca que guia os perdidos na escuridão, do que uma luz forte que cega os perdidos durante o dia. 19 Seja moderado ao ensinar e humilde ao aprender. 20 Seja honesto e não-bajulador. 21 Você dirá e defenderá muitas besteiras ao longo da vida, mas não se sinta mal porque todos dizem e fazem besteiras, inclusive, os mensageiros que escreveram estes princípios. 22 Quando perceber que algo não está conforme a natureza, com a lógica, ou com a autodeterminação, não persista no erro: aprenda, corrija-se e não minta. 23 Aprender leva tempo e requer humildade e persistência. 24 Quando errar ou falhar, aprenda com o erro ou com a falha. 25 Somente Deus não erra e não falha e você não é Deus, nenhuma pessoa é Deus. 26 Aprenda com o erro e com a falha e siga adiante. 27 Quando seu semelhante errar ou falhar, seja compreensivo. Ele não é Deus, nem você. 28 O erro ou a falha só é vergonhoso para quem, mesmo consciente deles, insiste no erro ou na falha, ignorando a natureza, a lógica ou a autodeterminação porque isto atesta que esta pessoa está corrompida pela idolatria.
V- Não ajude os perversos, nem negocie com eles.
1 Não ajude as pessoas perversas, não salve a vida delas, nem as perdoe. 2 Ignore as pessoas perversas, evite-as, não negocie com elas. 3 Tudo que sai da boca dos perversos é falsidade e tudo que fazem ou deixam de fazer têm segundas intenções violentas. 4 Evite a guerra com os perversos, mas quando ela começar não faça paz, devaste-os até o último deles e não deixe ficar pedra sobre pedra, destrua até os alicerces e não poupe nenhum perverso, mesmo se for mulher, idoso, doente ou criança. 5 Não tenha piedade dos perversos! Na dúvida, destrua até as plantações e os animais porque podem estar envenenados! 6 Jamais confie nos perversos. 7 Sempre se previna contra a violência terrível que os perversos podem fazer se tiverem chance. 8 Não tenha piedade dos perversos. 9 Os perversos são uma doença letal e contagiosa que se disfarçam de cura. 10 Quando puder, alerte o seu próximo sobre a violência e cobiça das pessoas perversas e prepare-se para se defender contra a violência que os perversos praticarão e incentivarão se tiverem chance. 11 Quem são os perversos? Perversos são os maiores semeadores da violência no mundo. 12 Todo sacerdote violento ou cobiçador é um perverso, não há exceção, nunca houve e nunca haverá. 13 Também é perverso todo sacerdote que se diz santo e que usa ou tenta usar a violência para impor o cumprimento de regras religiosas a quem não é religioso, não há exceção, nunca houve e nunca haverá. 14 Perversos são manipuladores e usarão a sua bondade e misericórdia contra você para convencê-lo a cobiçar e a praticar violência. 15 Os perversos fingem praticar os Princípios Universais, fingem falar em nome da Divindade, usam palavras belas e sempre apelam para os seus melhores sentimentos, mas tudo que fazem é plantar mais cobiça e violência. 16 Os perversos praticam idolatria ao extremo, são estrelas que se tornaram buracos negros vorazes. No lugar da luz e do ser, eles cultivam a escuridão e o vazio. 17 A idolatria cegou e entorpeceu o perverso com um insaciável apetite por violência e cobiça disfarçadas por belas palavras e “boas intenções”. 18 Os perversos proferem falso testemunho de forma dissimulada, insistente e hipócrita. Eles incentivam a violência e agem com violência contra pessoas pacíficas e indefesas e são os primeiros a instigar a violência contra quem duvida de seus falsos deuses. 19 Os perversos são mestres em semear discórdia e violência em nome da paz. 20 Os perversos acusam os pacíficos de serem violentos e chamam a si de pessoas de paz. Eles defendem a perversidade com fundamento na vontade da maioria, mas discordam da mesma maioria quando ela tende a praticar o Fundamentvm. 21 Perversos pervertem. 22 Os perversos são incoerentes, mentirosos e hipócritas. Eles desprezam o Fundamentvm porque a natureza, a lógica e a autodeterminação não importam para eles, exceto quando é conveniente. 23 Os perversos são mestres em proferir mentiras agradáveis para convencer os ouvintes a cobiçarem e a violentarem em nome de alguma “boa intenção”. 24 Os perversos protegem os violentos e abominam as pessoas pacíficas que usam a força em justa defesa ou para punir os violentos. 25 Os perversos convidam as pessoas para beberem veneno, iludindo-as de que aquilo é vinho da melhor qualidade. 26 Os perversos incitam à escravidão e à violência prometendo liberdade e paz. 27 Perversos incentivam a idolatria e só trazem violência e cobiça para o povo que os levam a sério. 28 Os perversos impõem suas ideias errôneas por meio da violência, do medo, da mentira e da manipulação. 29 Os perversos ameaçam quem discorda deles com violência, e violentam quando têm oportunidade e quando lhes é conveniente. 30 Os perversos são hábeis trapaceiros e manipuladores que usam, destroem e descartam pessoas como se fossem meras coisas segundo a conveniência deles. 31 Jamais tente salvar um perverso do buraco porque ele lhe puxará, lhe usará de escada e o convencerá a ficar no lugar dele para morrer. 32 Perversos não podem ser salvos, nem convencidos com argumentos. 33 Somente o próprio perverso pode encontrar forças para sair das trevas espessas em que se encontra. 34 Os perversos são extremamente perigosos e traiçoeiros. 35 Nunca se deixe convencer pelas palavras e promessas belas e fantasiosas dos perversos, de preferência, evite ouvi-los. 36 Se uma árvore sempre gera frutos podres e venenosos, arranque-a pela raiz quando tiver a oportunidade. 37 Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro, mas quem extermina um povo perverso numa guerra de justa defesa, salva o multiverso inteiro.
VI- Não fique paralisado diante da violência, os violentos devem ser perseguidos e punidos.
1 Não fique paralisado diante da violência dolosa. 2 Escravocratas, ladrões, assassinos, estupradores, sequestradores, enfim, todos os violentos devem temer o aço da Justiça. 3 Exerça a justa defesa, a seu critério, se a violência estiver acontecendo ou na iminência de acontecer. 4 Se a violência já tiver sido praticada e o violento fugido, a vítima poderá procurar os serviços de um juiz para julgar o caso. 5 O juiz decidirá se houve violência e qual será a reparação máxima e a pena máxima que poderão ser exigidas do violento. 6 Todas as despesas com investigação, julgamento e execução de pena serão pagas pela parte que contratou os serviços, mas serão ressarcidas pelo condenado com a pena de reparação de danos, salvo se for absolvido ou integralmente perdoado. 7 Se a vítima tiver morrido ou for incapaz, o serviço de investigação, julgamento ou de execução de pena poderão ser contratados pelo sucessor. 8 Considera-se sucessor qualquer herdeiro dos bens deixados pela vítima. 9 Um juiz jamais deverá condenar um inocente. Diante de qualquer dúvida razoável, possui o dever de absolver. 10 A violência não dolosa, isto é, não intencional, será reparada sem necessidade de pena, mesmo quando resultar em morte. Mas a violência dolosa sempre será punida, além de reparada, a critério da vítima ou do sucessor, até o limite máximo permitido para o caso. 11 Não existe pena se não tiver havido dolo em praticar violência. 12 O Juiz deve identificar o agressor e ter certeza de que ele agiu intencionalmente, caso contrário, apenas imporá o dever de reparar o dano se o violento tiver, ao menos, agido com culpa. 13 Ninguém deve ser punido se não tiver agido com dolo. 14 Ninguém deve ser obrigado a reparar danos se não tiver agido, no mínimo, com culpa. 15 A pena e a obrigação de reparar o dano são sempre individuais. 16 Ninguém deve cumprir pena ou reparar o dano em razão de violência praticada por familiares, ou pelo grupo do qual faz parte. 17 Penas coletivas são uma aberração bárbara inaceitável. 18 A violência praticada pelo agressor contra a vítima será usada como medida para a fixação da pena máxima a ser cumprida pelo agressor. 19 Este é o limite máximo da pena determinado pela balança da Justiça: quem matou dolosamente poderá ser morto. Quem torturou ou lesionou dolosamente poderá ser torturado, ou lesionado na mesma proporção. E quem roubou dolosamente pagará como pena um valor ou propriedade igual ao que tiver roubado. 20 Em qualquer caso, o agressor reparará o dano que tiver causado à vítima ou a terceiros e pagará pelas despesas de investigação, julgamento e execução da pena. 21 Se o agressor não tiver bens para pagar as penas ou as reparações, será submetido à servidão até pagar tudo o que deve. 22 Se o agressor tiver sido condenado à morte, a critério do sucessor, poderá ser submetido à servidão até pagar tudo que deve antes da pena de morte ser executada. 23 A vítima ou o sucessor poderá executar a pena e exigir a reparação, a seu critério, até o limite máximo, podendo exigir reparação ou pena igual ou menor à pena máxima fixada, bem como perdoar total ou parcialmente o agressor. 24 Em caso de perdão total, a vítima ou o sucessor pagarão as despesas da investigação, do julgamento ou da execução se esta já tiver se iniciado. 25 Se a vítima ou pessoa sucessora não quiser usar os serviços de investigação, julgamento e execução de pena, poderá providenciar tudo por si mesma, mas se a outra parte provar que a violência punida não existiu, ou que houve excesso na imposição da pena ou da reparação de dano, tudo isso será considerado violência! E como violência, poderá ser afastada pela justa defesa ou punida posteriormente até o limite máximo adequado ao caso. 26 Havendo prova de que uma violência foi cometida e de quem a praticou, não importa a quantidade de tempo que houver passado, o violento poderá ser julgado e punido a critério da vítima ou do sucessor, salvo se demonstrado ter havido perdão pela vítima. 27 A pessoa que tiver investigado um caso e produzido provas, não o julgará, nem executará a pena. 28 O julgador de um caso não poderá executar a pena do caso que julgou. 29 Nenhum executor de pena é obrigado a executar uma pena quando tiver dúvida razoável sobre a culpa do condenado ou considerar que a pena excedeu a violência praticada pelo condenado. 30 Os executores de pena somente usarão a força na medida necessária para executar as penas exigidas pela vítima ou pelo sucessor até o limite máximo fixado pelo juiz. 31 Todo excesso de uso da força para execução de pena é violência, e, como violência, será punida! 32 Se um inocente for condenado, quem pediu a condenação, produziu as provas, julgou o caso e executou a pena serão todos pessoalmente responsabilizados na medida do dolo ou da culpa de suas ações e omissões. 33 Em nenhuma hipótese será tolerada a prática de violência como meio aceitável de investigar alguma outra violência, inclusive, o roubo, o sequestro, a prisão ou a invasão de imóveis, não importa a “boa intenção” do investigador. Pelo contrário, toda a violência será punida a critério de quem a sofreu ou do sucessor. 34 Se o violento não puder pagar pela agressão devido à maldade do povo ou da corrupção dos julgadores, ou dos executores; a vítima ou o sucessor poderão clamar por vingança. Neste caso, qualquer conditor poderá aliar-se a outros, em segredo, e providenciar a aplicação da pena e a imposição da reparação por qualquer meio. 35 O agressor será morto se não for possível puni-lo proporcionalmente, nem obter a reparação sem colocar em risco a vida, o patrimônio ou a segurança da vítima, do sucessor ou dos vingadores. 36 Que todos aprendam a temer a Justiça, inclusive os juízes, e que isto sirva de sinal para todos os povos: a violência sempre poderá ser punida, seja em justa defesa, pela aplicação da justiça proporcional ou pela fúria dos vingadores! 37 Os conditores não são coisas animais esperando pelo abate, nem plebeus para aceitarem as ordens arbitrárias dadas por juízes corruptos. 38 Quem impede a aplicação da Justiça Natural semeia a vingança e a guerra.
VII- Perdoe as palavras e os pensamentos vãos.
1 Se alguém tiver dito alguma palavra que lhe desagradou, mesmo que dura, mal-educada, imoral, herege ou mentirosa, você não usará a força para calar quem a falou, nem se vingará, nem desejará vingança. 2 Se a carga das palavras for pesada, medite até que desapareça, converse com um amigo disposto a escutar, ou contrate um ouvidor profissional. 3 Se for devoto de alguma Divindade, converse com Ela até que a carga se torne mais leve que o ar. 4 Se é verdade, por que se sente mal? Aprenda com a verdade e corrija-se se for o caso. 5 Se é mentira, por que se sente mal? A verdade vencerá. 6 Palavras só abalam quem teme a Verdade ou se permite abalar por elas. 7 Se você se permite abalar devido a meras palavras, por que culpa quem as diz? A culpa é somente sua que permitiu se abalar. 8 Você não é dono do outro que expressa palavras pacíficas que você desaprova. Você não é Deus! 9 Não seja um bárbaro que responde com violência às palavras desagradáveis. 10 Seja forte e procure soluções civilizadas. 11 Não se preocupe com palavras desagradáveis. Mesmo que não acredite na Divindade Máxima, Ela é Misericordiosa e Justa e Ela própria punirá o falador sempre que entender necessário. 12 O remédio contra mentiras populares é a divulgação da Verdade. 13 Se cair na tentação bárbara de apoiar a violência para calar quem diz palavras desagradáveis, os perversos usarão sua cobiça para calar quem diz verdades e sua idolatria contribuirá para destruir a civilização. Não seja um bárbaro, cultive a verdadeira tolerância.
VIII- Não use a violência para incentivar, proibir, impor condições ou reprimir a expressão de qualquer ideia, nem a prática de qualquer conduta moral ou imoral pacíficas.
1 A força jamais deve ser usada, nem apoiada, para incentivar, reprimir, obrigar, proibir ou impor condições para a expressão pacífica de ideias ou para a prática pacífica de alguma moralidade ou imoralidade, não importa a origem religiosa ou filosófica da conduta moral, ou imoral, nem a “boa intenção” de quem propõe violentar outras pessoas. 2 Se discorda da conduta moral ou imoral pacífica da outra pessoa, mostre pelo seu exemplo qual deve ser a conduta correta. 3 Se considera a ideia da outra pessoa errônea, demonstre com fundamento na natureza, na lógica ou na autodeterminação qual é a ideia correta. 4 A força só deve ser usada em justa defesa ou para punir os violentos, jamais para proibir, obrigar, reprimir, ou impor condições para que ideias possam ser expressas, ou para que a moralidade ou imoralidade possam ser praticadas pacificamente. 5 Enquanto os outros conviverem em paz contigo, não ouse usar a força contra eles, nem pense em ameaçá-los com o uso da força. Só de desejar tais coisas já manifesta cobiça! 6 Você não é Deus da vida do outro para atuar como fiscal da moralidade ou da imoralidade. 7 Não aponte os erros morais ou imorais de seu vizinho, empenhe-se em mudar a si. 8 A verdadeira ética é manifestada pelo exemplo, jamais por meros discursos. 9 Deixe as outras pessoas viverem em paz à maneira delas, mesmo quando você discordar delas ou estiver certo que elas trilham caminho tortuoso, enganoso, imoral ou herético. 10 Jamais ameace quem segue a própria vida em paz ou cultiva ideias diferentes das suas. Não seja um bárbaro. 11 Pratique a verdadeira tolerância.
IX- Não seja um parasita. Respeite os pais e proteja os filhos menores.
1 Não seja um parasita. Amadureça e torne-se independente. 2 Quando for livre, respeite quem lhe ajudou a alcançar a independência. 3 Os filhos não são propriedades de seus pais, nem os pais têm obrigação de sustentar e de proteger filhos adultos. 4 Os pais têm o dever de manterem suas crianças vivas e de protegê-las delas mesmas e de perigos externos enquanto forem crianças. 5 Qualquer coisa a mais que alguns pais concedam a seus filhos menores é mera liberalidade e não pode ser exigida de outros pais, nem pelos filhos. 6 A força só deve ser usada sobre as crianças em justa defesa da criança porque é obrigação dos pais proteger os filhos menores, inclusive, deles mesmos. 7 Como os pais criam os filhos menores pacificamente, compete somente aos pais e a mais ninguém. 8 Se o filho menor discordar de como pai o protege, é sinal de que está se tornando adulto e, portanto, o filho deve procurar meios de sobreviver sem os pais. 9 É dever dos filhos buscar a independência de seus pais. 10 Enquanto o filho viver na casa dos pais, deve respeitar as regras da casa dos pais. 11 Acaso o filho discorde das regras da casa dos pais, deve procurar um meio de sobreviver em outro lugar. 12 Se o filho já paga as próprias contas, mesmo que aparente ser muito jovem, então já não é mais criança. É um adulto e assim deve ser tratado. 13 Se o filho menor já toma as próprias decisões e é capaz de proteger-se sozinho, então é adulto e assim deve ser tratado. 14 O direito dos pais sobre suas crianças é limitado à exclusividade para protegê-las e para tomar decisões de rotina em nome delas, enquanto forem crianças. 15 O direito exclusivo dos pais de proteção sobre os filhos pode ser negociado ou concedido para outras pessoas que desejam exercê-lo. 16 Pai ou mãe é quem exerce o Pátrio ou Mátrio poder sobre os filhos, pouco importa se tiver ou não cooperado para a geração do corpo físico pelo meio do qual a criança com potencial humano se manifesta. 17 Os filhos não têm o dever de cuidar dos pais na velhice, assim como os pais não têm o dever de cuidar e de abrigar os filhos adultos. 18 Qualquer coisa que os pais concedam aos filhos adultos, ou os filhos adultos concedam a seus pais, é mera liberalidade e não pode ser exigida de outros pela força. 19 Não seja um bárbaro, respeite o uso pacífico da propriedade. 20 Pais e filhos adultos devem se respeitar. 21 Respeito não é submissão, nem aceitação da violência e suas espécies. 22 Se o filho adulto discorda de como os pais conduzem a própria vida pacificamente, então que faça da própria vida um exemplo ao invés de aborrecer os pais com admoestações não solicitadas. 23 Se os pais discordam de como o filho adulto conduz a própria vida pacificamente, então que façam da própria vida um exemplo ao invés de aborrecer o filho adulto com admoestações não solicitadas. 24 Só dê conselhos a seus filhos adultos ou a seus pais se estes solicitarem. No mais, guarde para si suas observações em sinal de respeito. 25 O patrimônio dos pais, depois da morte, será de quem os pais determinarem em vida. 26 O patrimônio dos filhos adultos, depois da morte, será de quem os filhos determinarem em vida, mesmo que os pais ainda estejam vivos. 27 Filhos não têm direitos sobre o patrimônio dos pais só por serem filhos, assim como os pais não têm direito ao patrimônio dos filhos só por serem pais. 28 Não seja um bárbaro que concorda com a imposição da moral por meio da força. 29 Se os pais ou filhos adultos não determinarem em vida de quem será o patrimônio em caso de morte, a divisão será feita conforme os usos e costumes locais. 30 Ser um pai pacífico não é garantia de que os filhos serão adultos pacíficos, assim como ter pais violentos não é desculpa para agir com violência sobre os outros. 31 Cada pessoa é a única responsável pela própria vida.
X- Respeite a família e os seus membros.
1 Respeite quem escolheu para viver contigo e honre os acordos pacíficos que celebrou para constituir ou participar da família. 2 Cuide dos filhos que a família eventualmente gerar. 3 Ensine os filhos a viver e praticar o Fundamentvm. 4 No que lhe for possível, seja um exemplo, na prática dos 12 Princípios Universais. 5 Não desvie os passos para a direita, nem para a esquerda. 6 Não erre pelo excesso de Rigor, nem pelo excesso de Misericórdia. 7 Só nos preparamos para a guerra porque queremos continuar saboreando a paz. 8 Não seja um general inflexível com seus familiares, nem uma pessoa irresponsável que tudo permite. 9 Seja equilibrado. 10 A virtude está na habilidade de equilibrar autodeterminação e necessidade de forma suave e harmoniosa. 11 Você não é Deus, nem um anjo caído do céu. 12 Você se manifesta neste mundo por meio de um corpo físico submetido às leis fatais da natureza. 13 Não tente suprir só às necessidades do Espírito, ou só às necessidades da coisa pela qual se manifesta. Qualquer destes caminhos levará ao desequilíbrio e resultará em desgraça. 14 Esforce-se para encontrar o equilíbrio. 15 Quando o achar, praticará suavemente os 12 Princípios Universais e viverá em paz consigo e com seus familiares. 16 Você não precisa “renunciar a todas as coisas deste mundo”, basta praticar os 12 Princípios Universais de forma honesta e harmoniosa. 17 A Divindade Máxima não encheu o mundo de beleza para que ninguém a apreciasse, nem lhe concedeu necessidades físicas para lhe privar de satisfazê-las. 18 Seja equilibrado, suas ações e omissões sempre expressarão aquilo que você verdadeiramente acredita. 19 Não seja um hipócrita. 20 Os Princípios Universais não são a letra fria da linguagem humana. Assim como o um corpo físico degrada com o tempo, assim também são as palavras que tentam expressá-los. 21 Não se apegue à letra fria. Procure encontrar no Fundamentvm a fonte de onde emanam os Princípios. 22 Se você vive em guerra consigo, também viverá em guerra com sua família. 23 Pacifique-se. 24 É preciso vencer a escuridão dentro de si pra que a luz existente em você possa sair, iluminando e acalentando quem estiver a sua volta. 25 Faça como Rômulo, mate sua própria escuridão (Remo). Caso contrário, será consumido pela idolatria. 26 Medite sobre o 1º Princípio Universal, pratique-o com honestidade e encontrará o equilíbrio e o porquê da existência dos demais princípios.
1 Auxilie a pessoa próxima com os próprios recursos ou com o próprio trabalho, sempre que quiser ou se sentir triste. 2 Fazer caridade afasta a tristeza e é a oferenda que a Divindade mais aprecia. 3 Se quiser ajudar alguém, ajude somente a pessoa próxima, isto é, alguém conhecido para que seu auxílio jamais favoreça um perverso ou embusteiro. 4 Ajudar desconhecidos é perigoso, pois arrisca-se favorecer perversos ou embusteiros. 5 Nesse caso, melhor seria nunca ter ajudado porque o carma dessa falsa caridade o acompanhará pelo multiverso. 6 Jamais ajude perversos ou embusteiros. 7 Viver não é fácil. 8 O caminho da sabedoria e do crescimento espiritual é lotado de armadilhas colocadas por perversos e trapaceiros que se aproveitam da bondade e da honestidade alheias. 9 Há mais armadilhas perigosas e fatais entre as pessoas que se autoproclamam “bem intencionados” do que risco de morte em viver só no meio da selva ou de um deserto. 10 Todo cuidado ainda é pouco entre quem professa publicamente que deseja espalhar o “amor e a caridade” pelo mundo. 11 Os piores atos de violência sempre foram praticados por quem se dizia “santo”, cheio de “amor” e de “bondade”. 12 Nunca se deixe enganar pelas belas vestes e palavras dos que professam a falsa caridade. 13 A árvore é conhecida pelos frutos. 14 Se o fruto é venenoso, então a árvore, mesmo bela, é venenosa. 15 Não coma os frutos da árvore dos perversos ou morrerá. 16 Jamais ajude perversos ou embusteiros, senão o carma dessa falsa caridade o perseguirá pelo multiverso. 17 A Natureza é implacável. 18 Se não deseja que as pessoas se machuquem nos espinhos dos embusteiros, por que continua plantando erva-espinhosa (Solanum virginianum) pela cidade? 19 Se não lhe agrada ver pessoas atraídas e envenenadas por perversos, por que continua plantando acônitos (Aconitum variegatum) nas portas das casas? 18 Pare de ajudar perversos e embusteiros! 20 Deixe que a Natureza se vingue dos perversos e embusteiros quando eles estiverem se afogando nas próprias fezes. 21 O primeiro passo para ajudar verdadeiramente o próximo é jamais auxiliar perversos e embusteiros que espalham violência e cobiça disfarçada com o manto da falsa caridade. 22 Cuidado com os discursos belos e sedutores dos perversos e embusteiros. Eles falam de “amor”, “bem de todos”, “justiça”, “bondade”, “inclusão”, “empatia”, mas só plantam idolatria. 23 O fruto da semeadura dos perversos e embusteiros sempre é a violência e a cobiça. 24 Se um líder religioso pedir dinheiro com insistência, prometer recompensas divinas em troca de doações, ou ameaçar com punições divinas quem não deseja doar recursos, ou trabalho para ele, desconfie! 25 Não há nada material que você possa oferecer a Divindade que Ela própria não possa criar ou providenciar com infinita perfeição e superioridade! 26 A Divindade não precisa de atravessadores. Se for o caso, a própria Divindade falará diretamente contigo. 27 A Divindade não precisa de oferendas, nem de doações. 28 E se a Divindade aceita alguma oferenda, certamente não é em benefício Dela, porque a Divindade nada necessita. 29 Se um sacerdote estiver realmente a serviço da Divindade, a própria Divindade providenciará o suprimento de todas as necessidades do sacerdote. 30 Cuidado, muito cuidado com quem diz falar em nome da Divindade. 31 Se quer mesmo ouvir a Divindade, ouça primeiro a natureza, a lógica e a autodeterminação. Se ignora o que lhe é acessível, então, como poderá intuir o que lhe é inacessível? 32 Se deseja pular em direção ao céu infinito, primeiro é necessário apoiar-se com firmeza no fundamentvm. Sem isto, nenhum salto será possível. 33 Se você quer realmente agradar à Divindade, ajude o próximo quando quiser ou se sentir triste. 34 Faça a caridade sem alarde, sem desejar nada em troca, certificando-se de que a pessoa destinatária não é perversa, nem embusteira. 35 Cuidado com quem faz falsa caridade porque sempre há segundas intenções. Se esta pessoa perverte até a caridade, o que ela não perverterá se você lhe der poder? Desconfie! 36 Caridade não é comércio, nem desculpa para ajudar perversos e embusteiros! 37 Afaste-se da barbárie. 38 Jamais pratique violência com nomes pomposos para encobri-la!
XII- Mesmo que não acredite na Divindade, respeite as tradições religiosas pacíficas.
1 Respeite os ateus e os costumes pacíficos que as religiões professam. 2 A Divindade Máxima enviou profetas e oráculos a todos os povos. 3 A Divindade Incognoscível se manifesta na existência de muitos modos e Sua Misericórdia é infinita e indecifrável. 4 Lembre-se do Primeiro Princípio Universal: a Divindade Máxima não erra e não falha. 5 Cada indivíduo está no seu devido lugar e chegará onde deve chegar no momento correto, mesmo que não seja nesta vida, nem neste Universo. 6 A Divindade Máxima é Paciente e Misericordiosa! 7 Cuidado com os escritos sagrados de qualquer fé! Todo cuidado é pouco! A perversão destes escritos incentiva violência e cobiça disfarçadas de “boas intenções”. 8 As piores violências e a cobiça mais fanática sempre se originaram em preceitos sagrados pervertidos por falsos sacerdotes e por pessoas perversas. 9 Não se deixe enganar pelo belo discurso dos falsos sacerdotes e dos perversos. 10 A idolatria é a mãe de toda violência e cobiça, a origem de todo fanatismo religioso e político! 11 Não deixe que os falsos sacerdotes lhe enganem sobre falsos preceitos religiosos que eles inventaram por motivos políticos para dominar sobre as pessoas. 12 A Divindade não precisa de intermediários. Se Ela tiver alguma exigência a fazer ou orientação a informar, Ela própria se manifestará e falará diretamente para quem precisa ouvir. 13 Tenha atenção e não se deixe enganar por quem deseja forçar os outros a praticar falsos mandamentos religiosos usando a Divindade como desculpa. 14 Se você sentir necessidade de praticar alguma fé religiosa, pratique com sabedoria: jamais obrigue os outros a segui-la por meio da violência, nem falsifique os ensinamentos recebidos da Divindade. 15 Não seja um idólatra, nem mais outro perversor de instruções Divinas em benefício próprio. 16 Aprenda a separar os ensinamentos da Divindade do que os falsos sacerdotes ousaram acrescentar e suprimir! Não seja um idólatra! 17 A Divindade abomina os violentos e cobiçadores. Então, por que Ela escolheria sacerdotes violentos e cobiçadores? Não escolheria. 18 Jamais permita que os perversores do Sagrado exerçam algum poder sobre você. 19 A Divindade favorece todos que abandonam a violência e a cobiça, dedicando-se a viver em paz com o próximo, mesmo quando não acredita na Divindade. 20 Não cabe a você, nem a nenhuma outra pessoa ordenar ou executar punições por causa de meras heresias, ou descumprimento de preceitos religiosos. 21 Somente a violência pode ser punida pelos humanos. 22 Atos ou omissões que constituam apenas mera heresia contra a Divindade só podem ser punidos pela própria Divindade. 23 Se a Divindade quiser, Ela própria se manifestará no mundo e executará o castigo devido.24 Não seja um idólatra! Você não é Deus, nenhuma pessoa pode ser Deus! 25 O Senhor dos Exércitos não precisa de ajuda para punir quem Ele quiser punir!
Estes são os 12 Princípios Universais. Grave-os na sua mente, pratique-os, estude-os e medite sobre eles. Faça deles um farol e a Divindade lhe concederá entendimento sobre cada um deles e lhe abrirá as portas da elevação espiritual, mesmo que não acredite Nela.