É preciso acreditar em alguma Divindade para praticar o Fundamentvm?

Não. Em realidade, é dispensável acreditar em alguma Divindade específica. Contudo, não é incompatível. Pessoas que professam alguma religião antiga podem praticar o Fundamentvm, se quiserem. Não é necessário mudar de religião ou se tornar um ateu. Basta se esforçar na prática dos 12 Princípios Universais.

Apesar de ser dispensável a fé em alguma Divindade específica, é necessário ter noção do que a Divindade não é para que o Fundamentvm possa ser melhor compreendido e aplicado na vida. E aqui chamamos a atenção para um ponto-chave: não idolatrar significa, principalmente, jamais tratar como Divindade o que não é Divindade. Em resumo: nunca trate coisas, ideias ou pessoas como se fossem uma Divindade, inclusive, a si próprio.

Se você é ateu e não acredita em Divindade, ótimo! Basta não tratar pessoas, coisas e ideias como se fosse alguma Divindade e já estará praticando o 1º Princípio Universal. Se você acredita em alguma Divindade, ótimo também! Trate somente a Divindade como Divina. Jamais trate pessoas, coisas ou ideias como se fossem a própria Divindade. E nesse ponto, talvez cristãos sintam alguma dificuldade porque é comum que estes religiosos acreditem que uma pessoa pode ser Deus, e não é. Nenhum homem pode ser Deus, nenhum homem jamais será. Não importa o quão grande e poderoso possa ser. Nenhuma pessoa, mesmo absurdamente grande e poderosa, jamais poderá se igualar a Divindade Máxima.

Deste 1º Princípio Universal deriva outro ensinamento basilar: somente a Divindade está acima da natureza (realidade), da lógica e da autodeterminação porque Ela manifesta o Sem-Limites, isto é, a Divindade Máxima Ilimitada, além dos limites da existência e de seus condicionantes já conhecidos (tempo e espaço).

Como temos o Dever de não idolatrar, o resto de nossas convicções precisa estar apoiado nos três pilares indemonstráveis de toda sapiência: natureza/realidade, lógica e autodeterminação. A partir dessas bases, todas derivadas do Fundamentvm, podemos afirmar ou negar qualquer coisa sensatamente, isto é, fundamentada e coerente, inclusive, as próprias bases indemonstráveis. Por isso, é impossível construir qualquer filosofia ou ciência sem praticar o Fundamentvm.

Portanto, se você é ateu, não precisa se tornar religioso. Se você é religioso, não precisa abandonar sua religião de origem. Se você não quer seguir nenhuma religião, nem se tornar ateu, basta praticar os 12 Princípios Universais e está tudo bem.

Por tudo isso, somos a única fé verdadeiramente católica, isto é, universal, porque qualquer pessoa de qualquer religião, não-religião ou cultura podem praticar o Fundamentvm sem abdicar das suas tradições fundamentais, ou da própria moral pessoal.

Para os seguidores de fés judaicas ou de origem judaica (Cristianismo e Islamismo), apenas alertamos para cumprir, na íntegra, o , , , e 12º Princípios Universais com mais atenção. Devido a questões culturais, notamos uma tendência desse público em ser mais agressivo com quem não compartilha da mesma moralidade. Seu mestre religioso pode ser fantástico, mas ele não é Deus. Nenhuma pessoa pode ser Deus, nenhuma pessoa jamais será. Jamais trate pessoas excepcionais como se estivessem acima da Divindade Máxima. Ninguém está. Jamais ameace o seu vizinho por ele não acreditar no seu mestre espiritual ou não seguir as regras morais de seu Livro Sagrado. É inútil brigar com o próximo por seguir uma religião diferente da sua porque não existe poder Divino que não seja emanado da Divindade Máxima. Por mais que as pessoas deem nomes diferentes e cultuem a Divindade Máxima com diferentes nomes e ritos, no fundo, tudo tem a mesma origem. Criticar a Divindade do outro é criticar a sua própria porque ambas manifestam a Divindade Máxima. Respeite o próximo. O verdadeiro respeito exige deixar em paz quem está em paz, mesmo quando esta pessoa exerce uma moralidade diferente da sua ou pratica condutas pacíficas que sua fé considera imorais ou repulsivas.

Você também deve entender que as regras morais da sua fé só servem para você e que você não deve obrigar os outros a segui-las. Você não bebe? Tudo bem, mas não impeça os outros de beberem em paz. Você não gosta do casamento gay? Tudo bem, mas não impeça os outros de viverem em paz a maneira deles. Você acha imoral fazer ou deixar de fazer alguma coisa não violenta porque está no seu Livro Sagrado? Tudo bem, mas não use a violência para impedir o outro de fazê-la pacificamente, nem ameace quem decidiu praticar pacificamente o que seu Livro Sagrado proíbe. Alguns membros da sua fé original poderão discordar desta posição, mas você é inteligente e já deve ter percebido que apenas os idólatras usam da violência ou da ameaça de violência para convencer os outros do acerto ou desacerto de qualquer ideia, inclusive religiosa. Portanto, insistimos: não seja um idólatra, pratique o primeiro princípio honestamente, e encontrará a inspiração e sabedoria para praticar os demais.

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